2020 •
Excess Mortality Estimation During the COVID-19 Pandemic: Preliminary Data from Portugal.
Authors:
Nogueira, Paulo Jorge, Nobre, Miguel de Araújo, Nicola, Paulo Jorge Morais Zamith, Furtado, Cristina, Carneiro, António Vaz
Abstract:
Introdução: Desde março 2020, Portugal tem sofrido os efeitos da pandemia COVID-19. A mortalidade por todas as causas aumentou em março e abril de 2020 comparativamente a anos anteriores, mas este aumento não é explicado pelas mortes reportadas de COVID-19. O objetivo deste estudo foi analisar e considerar outros critérios para estimar o excesso de mortalidade durante a pandemia COVID-19. Material e Métodos: Utilizaram-se bases de dados públicas para estimar o excesso de mortalidade por idade e região entre 1 de março e 22 de abril, (...)
Introdução: Desde março 2020, Portugal tem sofrido os efeitos da pandemia COVID-19. A mortalidade por todas as causas aumentou em março e abril de 2020 comparativamente a anos anteriores, mas este aumento não é explicado pelas mortes reportadas de COVID-19. O objetivo deste estudo foi analisar e considerar outros critérios para estimar o excesso de mortalidade durante a pandemia COVID-19. Material e Métodos: Utilizaram-se bases de dados públicas para estimar o excesso de mortalidade por idade e região entre 1 de março e 22 de abril, propondo níveis basais ajustados ao período de estado de emergência em vigor. Resultados: Apesar da incerteza inerente, é seguro assumir um excesso de mortalidade observada de 2400 a 4000 mortes. O excesso de mortalidade encontra-se associado aos grupos etários mais idosos (idade superior a 65 anos). Discussão: Os dados sugerem uma explicação tripartida para o excesso de mortalidade: COVID-19, COVID-19 não identificado e diminuição do acesso a cuidados de saúde. As estimativas efetuadas possuem implicações ao nível da comunicação de acções não farmacológicas, da investigação científica e dos profissionais de saúde. Conclusão: Da análise dos resultados é possível concluir que o excesso de mortalidade ocorrido entre 1 de março e 22 de abril foi 3 a 5 vezes superior ao explicado pelas mortes por COVID-19 reportadas oficialmente. (Read More)
Paulo Jorge Nogueira, Miguel De Araújo Nobre, Paulo Jorge Nicola, Cristina Furtado, António Vaz Ca (...)
Acta Médica Portuguesa ·
2020
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